quinta-feira, 1 de outubro de 2015

PALESTRA !!

Controle estratégico do carrapato.

Melhores índices de produtividade na pecuária brasileira só poderão ser atingidos através do aprimoramento dos sistemas de produção de bovinos, o que será conseguido pela intensificação do manejo, melhor controle sanitário e pelo melhoramento genético dos rebanhos. Nesse contexto, as práticas de manejo visam propiciar maior lotação dos pastos, aumentando a concentração animal e a produtividade, dentro de um limite econômico viável, situação que pode favorecer a ocorrência de alterações nas relações entre os organismos envolvidos e conseqüentemente a necessidade de um maior controle dos parasitas dos bovinos, dentre os quais destaca-se o carrapato dos bovinos Boophilus microplus.

O carrapato dos bovinos é o ectoparasito mais importante dos bovinos brasileiros, ocasionando um prejuízo que chega a ultrapassar os dois bilhões de dólares ao ano devido principalmente à mortalidade dos animais (próximo de 1,2%) e transmissão dos agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina (Anaplasma sp. e Babesia spp.), diminuição do ganho de peso (aproximadamente 6 Kg/animal/ano), danos ocasionado no couro, gastos com produtos químicos, instalações, equipamentos e mão de obra para o seu controle, e diminuição da produção de leite (1,5 bilhões de litros).

O combate ao carrapato dos bovinos tem sido na maioria das vezes, sendo realizado quase que exclusivamente na sua fase parasitária, com a utilização de carrapaticidas químicos utilizando as mais variadas estratégias em períodos específicos e com critérios bastante diversos de manejo.
Os produtores, por desconhecimento das práticas de controle do carrapato e o manejo do carrapaticida, fazem uso de uma variedade de métodos e meios que incluem práticas desaconselháveis como: esquemas de tratamento carrapaticidas não planejados, falta de monitoração da concentração de banheiros, uso de formulações caseiras de produtos em aplicação “Pour-on”, e uso indiscriminado destes produtos em aplicações contra a mosca-dos-chifres (Haematobia irritans).
Para que este tipo de controle seja eficaz é fundamental o uso de carrapaticidas eficientes, no entanto ao longo das últimas décadas esses carrapaticidas, em algumas circunstâncias, tornaram-se fragilizados ante os desafios que lhe foram impostos, seja pelo mau uso dos que o manipulam seja pelo efeito minimizado que provocam no seu alvo, em conseqüência do inexorável problema da resistência.
A resistência a determinado princípio ativo ou a um grupo químico é um caráter hereditário do carrapato que se desenvolve a partir da pressão seletiva dos carrapaticidas sobre mutantes resistentes, e esta propagação de resistência aumenta à medida que esta cepa entra em contato com o carrapaticida.
No Brasil não existe qualquer política oficial de controle do carrapato comum dos bovinos. Os produtores adotam práticas de controle individuais, as quais podem se constituir numa proporção significativa dos custos de produção de bovinos.
FONTE: BEEFPOINT


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